A pandemia que começou na China, arrasou países europeus, fechou fronteiras e, agora, está fazendo com que boa parte dos brasileiros não saia de casa, está afetando fortemente a economia mundial. Além da indústria automotiva, o setor de autopeças também sofre com o coronavírus.
Como grande parte das peças automotivas são produzidas na China, as importações estão comprometidas. Além da elevação dos preços, existe risco de desabastecimento de alguns componentes.
Continue a leitura para entender como essa situação pode afetar também o seu veículo!
Conheça os impactos da pandemia na indústria automotiva
O mercado automotivo já vem vivenciando uma crise há vários anos. Para se ter ideia da dimensão do problema, basta olhar os números oficiais.
Em 2014, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea), o setor registrou 3,8 milhões de emplacamentos no Brasil. Dois anos depois, em meio à desaceleração da economia, esse número havia caído para 2 milhões.
Em 2019, o número de emplacamentos alcançou 2,8 milhões, o que, apesar de indicar um crescimento de 8,6%, ainda está abaixo das expectativas da entidade. Ou seja, o setor ainda está longe do patamar de alguns anos atrás.
Com esse cenário já pouco promissor, 2020 também começou com as vendas em queda, registrando, no primeiro bimestre, uma retração de 1%. Com o avanço do coronavírus, que causa ainda mais instabilidade, a perspectiva não é otimista. Vários fatores contribuem para isso:
- alta do dólar, que afeta as importações;
- dificuldades enfrentadas pelas sedes das montadoras, especialmente na Europa;
- instabilidade política, que cria um ambiente de incertezas no Brasil;
- possibilidade de interrupção das operações nas fábricas, em função da necessidade de quarentena;
- número elevado de desempregados (cerca de 12 milhões de pessoas), fora os subempregados.
Entenda porque o mercado de autopeças também sofre com o coronavírus
O setor de autopeças, além de sofrer o reflexo direto da desaceleração da indústria automotiva, também tem um elemento complicador extra: grande parte dos fabricantes são chineses, e o país enfrenta o coronavírus há mais tempo que o Brasil. A China, aliás, lidera o ranking mundial de exportações de autopeças.
No entanto, desde o final do ano passado, várias fábricas chinesas tiveram suas atividades interrompidas, em função da rápida disseminação da doença. Apesar de a China estar, gradualmente, retomando as atividades, alguns especialistas recomendam que as empresas que dependem de autopeças importadas reabasteçam os seus estoques.
Afinal, além do risco de desabastecimento, poderá haver um impacto significativo nos preços, ainda mais considerando a volatilidade do câmbio.
Saiba como isso afeta o seu veículo e o seu bolso
Diante do atual cenário da economia internacional, muitos brasileiros estão adiando a troca do veículo antigo. Afinal, um carro é um bem de longo prazo, muitas vezes financiado pelo consumidor, por alguns anos.
Isso significa que o veículo um pouco mais antigo, com maior quilometragem, demanda mais cuidados. Fique atento a eventuais problemas, como ruídos diferentes, bateria que deixa de funcionar, superaquecimento, entre outros. Mais do que nunca, é hora de fazer a manutenção preventiva.
Aliás, como o setor de autopeças também sofre com o coronavírus, se você adiar os procedimentos de manutenção de seu veículo, corre o risco de mais tarde não encontrar a peça que necessita ou somente conseguir comprar componentes com preço exageradamente alto.
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